Como culpar o vento pela desordem feita,
se fui eu quem esqueceu a janela aberta?
Ainda me sinto como um gurizinho quando vejo algo brilhante em meio à escuridão. Por mais racional que seja a minha criança interior, a curiosidade e a fantasia ainda me instigam mais do que qualquer razão ou medo. Naquela pressa disfarçada, as pernas –bambas- caminham sem nem pensar nos passos em falso que se pode dar até que lá se chegue. O que importa mesmo é alcançar o brilho antes que ele ou ofusque os olhos ou apague-se de repente sem que se tenha a chance de chegar mais perto... Nem que seja para descobrir que, no fim, tudo não passava de um inútil caco de vidro.