domingo, 26 de agosto de 2012

O eco dos quintanares.

Inquietos, no parapeito da janela,
Teus fiéis sapatos esperam
Pelo teu despertar.
Mas teus olhos fecharam-se para a vida mundana
E teus pés já não mais precisam deles.

Na sola inerte,
Só teus versos caminham
-através do tempo-
 Eternos...

Deixe-os,
Não fira a quietude instalada
Ninguém precisa de sapatos para empurrar o vento.
E aquele catavento continua girando
-intermitente-
Desde 1994.

(Mario Quintana, in memoriam)