domingo, 14 de setembro de 2008

Insônia.

Permanecia deitado inventando diversas posições, embora nenhuma lhe parecesse confortável o suficiente. Pudera então notar o cansaço do longo dia sobre sua lombar, já não tão jovem quanto antes. As pupilas pesadas piscavam lentamente visando o tão esperado descanso.
Lá fora, o silêncio noturno instalava-se. Como odiava a afonia! O tic-tac do relógio tornava-se a cada minuto mais insuportável; sua respiração; mais profunda e os pensamentos; mais intensos. A voz da consciência lhe zumbiu aos ouvidos, aproveitando-se de sua vulnerabilidade.
Desenterrava seu passado, quanto mais tentava esquecê-lo. Não importava quão cansada sua alma encontrava-se, seus pensamentos estavam ativos, e ele já não conseguia controlá-los. Mantinha os olhos cerrados e sentia aos poucos o estado de dormência em suas extremidades ir esvaindo-se, até encontrar-se, enfim, um corpo completamente inerte e submerso em seu pesadelo. Seu corpo cedera ao cansaço e entregara-se.
E a voz da consciência lhe zumbia aos ouvidos...
Sacolejava à medida que seu sono tornava-se mais profundo. Revivia e alimentava suas angústias e frustrações, todas as noites. E de repentino era despertado pelo estridente alarme do despertador, que o convidava a vencer mais um longo dia. E novamente, apenas suas fraquezas encontravam-se revitalizadas.

5 comentários:

André disse...

Permanecia deitado inventando diversas posições (hmmm muito suspeito)

Pudera então notar o cansaço do longo dia (o dia inteiro? minha nossa!)

já não tão jovem quanto antes (a pipa do vovô não sobe mais...)


até aí temos um emo safado

André disse...

haiuhaiuahaiuha
aposto que tu ficou toda feliz qunado viu 2 comentários

Carolina Pires disse...

já tinha lido esse antes, não?
lindo! te amo!

Andre Vincenzi disse...

Os meus ultimos dias tem sido exatamente assim...Covo vc sabia?

F. disse...

diversar posições...
não vou tentar imaginar isso hahahaaha brincadeirinha, ficou bem profundo pequena! beijócas